sábado, 1 de maio de 2010

Querido Colombina...

           Achei que a última palavra entre nós já havia sido dita, estava já me emendando do estrago, juro.Então me aparece você, na porta de casa dizendo que sente minha falta, que a saudade lhe agride.Não me explicava o porque de tudo aquilo, depois de tantas palvras duras chega você assim tão macio.Com esses olhinhos oblíquos que só Deus sabe o que me trás. Pedindo pra não nos perdermos, voltando com todos os argumentos que eu lhe falei 3 dias atrás e você os jogou no chão.Que é? resolveu os pegar e me devolver ? Jogar tudo nas minhas costas de novo?
          Eu não sei mais o que pensar sobre a nossa estória.Quando um se aquéta e  se acalma o outro corre e bagunça tudo de novo.Eu bem lhe pedi, meu amor , para que não colocasse ninguém entre nós.Mas você insistiu tanto e tanto.Agora estamos aqui, com um muro de Berlim nos separando.Você pensa nas suas tantas outras mulheres, nos seus amigos e em toda sua juventude.E eu penso em tanta coisa, tantas cicatrizes,meu Deus! Por que não se foi de vez, menino ?
         Você ali, pedindo pra eu não deixar que você se vá.Eu pediria, meu amor...Mas você já se foi.O que adiantaria eu me agarrar aos seus restos de amor?  sofrer, seu amor não é tão meu mais e você sabe muito bem disso.E mesmo que fosse estaria machado e desbotado. Nos perdemos , e temos de nos desagarrar um do outro.
         "Você ali, contando todos os casinhos rotineiros.E nós ali, rindo...beijo no rosto a cada intervalo.Parecia ali que eu voltavamos no tempo..."
          

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