segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


A dor de cada pedaço que lhe arrancam é aliviada pela esperança da armadura que se forma.
O doer vai passar, e dias claros e felizes virão.
É como malhar: cansa, machuca, mata. Mas deixa a gente mais forte e bonito. E foi pra isso que ela veio, pra voltar forte, mais forte que aqueles fortes de praia. Ela vai ter a vista lá de cima.
Vai ser leve, meu amigo. Vai ser livre :)

sábado, 20 de outubro de 2012

E no meio de tanta crise, Deus resolveu me mandar pra longe. Bem longe, onde o sol nasce primeiro. Me mudou de cidade, de país, de continente. Estou aqui, a penar no frio da Europa. Um mês, e minha vida completamente mudada. O mundo todo aberto pra mim.
Pois vim aqui agradecer (não sei ainda a quem) por essa oportunidade de crescimento que estou tendo. Doer dói, a saudade irrita mais que o frio. Serão dois longos anos, eu bem sei. Mas eu vou viver a cada dia com um sorriso na alma, pois o mundo sempre tem razão. 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Nem eu me suporto mais, meu Deus. Que dia é esse, que fase ruim.
Você foi embora tão abruptamente, me deixou sem chão. O que que eu faço agora, me diz ?
Eu sei que essa dor vai passar, mas vai passar vem devagarinho.
Com a gente tinha que ser assim também. Me deixar devagarinho, bem devagarinho.
Assim doeu demais.
Os amigos me consolam, me fazem feliz por algum tempo. Mas passa logo...
e eu ando nessa oscilação, que me faz desesperar

O passar

No primeiro dia só doeu, doeu doeu. A dor fincava na menina, que o choro virava grito. Era arrependimento, culpa ,raiva, amor. No segundo, nem levantou. A cama parecia ter braços, ou o peso era maior que a força. No terceiro ficou de pé, ria e chorava ao mesmo tempo, era tudo inconstância. Sorriu pela liberdade, chorou pelo desamor ...

E foi assim que aquela semana passou (passou!). Os amigos chegaram, o coração desapertou. A culpa foi sumindo. Ela devagarinho conseguiu aceitar, e assim aconteceu. Mesmo com a saudade apertando, com todos as dúvidas e decisões que a mocinha  ainda vai tomar. uma coisa me faz bem : saber que aquele primeiro dia passou.

**

E é assim mesmo, tudo passa. Sei que muitas lágrimas ainda me esperam, mas só de ter essa certeza no bolso eu vivo em paz...

sábado, 14 de abril de 2012

Tem dia tão vazio, que desespera . É aquela mania que a gente tem de quase felicidade, de quase beleza, de quase calma ... 

E hoje é um dia desses. Onde a expectativa de superar todos esses "quases" finca no peito. Arde ... 
Eu queria conversar, conversar. Hoje é um desses dias que eu precisava daquelas tardes de pôr do sol poluído , poluído mas lindo! (que dá até vontade de chorar). É eu precisava sentar com uma daquelas pessoas que me ouviam, que me sentiam, sabe? 
 
E quando não tem nada disso, me resta escrever aqui sozinha. Ah, como é gostoso ! Escrever é como falar falar e falar com alguém que nunca perde a paciência. E o melhor, depois dá pra voltar, ler tudo, e dá pra entender tanta coisa. Dá pra conversar, não é ?

Tomara que ninguém fique lendo essas minhas babozices. Eu preciso tanto escreve-las !

sábado, 31 de março de 2012

Mágoa

Eu sabia que ia explodir, eu sabia!!
Quando eu tinha finalmente me libertado de um, me vem você com essa carinha de príncipe...
Eu tinha que ter te mandado longe, eu tinha !
Mas claro que eu não fiz isso...

Agora eu tenho que te esperar .Eu não quero te esperar!
 Não vou ficar te esperando com o meu estômago na boca.
Não quero isso pra mim, nunca quis...

Eu vou armar minha fuga, eu vou tirar você de mim , eu vou !
Se soubesse ao menos respeitar esses meus sentimentos, se soubesse ....
Não sabe, e não vai aprender.
Eu vou ter que fugir (de novo) ... 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ao velho.


E  é mesmo como aquela velha música dizia : " Lembro que eu tinha apenas 15 anos, tinha muitos medos e planos, e quase que inimigo nenhum....". Pois é, me sinto um velho (cada vez mais velho). Será que todo mundo passa por esse ponto na vida ?

Ponto esse que eu me viro para trás e pergunto : " Pra onde é mesmo que eu estou indo ?", nas conversas de amigos eu tenho ficado alheio por não saber direito quem eu sou. Se sou apenas mais um universitário perdido, ou se sou o homem maduro que eu tinha certeza ser há alguns anos atrás. Não, o homem maduro tenho certeza hoje que não sou.

Parece que aquele ponto de exclamação virou reticencias. Aí é que tudo aperta. Ponto final dói demais ! Dói demais não ter meus 15 anos, meus planos, meus amigos, minha namoradinha ciumenta. Como dói não ser mais aquele muleque que vivia de músicas e de paixões. Dói aquela presença que virou ausência.

Eu falando assim, até parece que não construí nada de bom, claro que construí . Eu ando em paz, feliz, forte. Só que aquele ponto final que eu dei em tanta coisa as vezes insiste em me cutucar, e quase  me arrebenta a essa hora da noite  !