segunda-feira, 28 de abril de 2014

Saudade é uma palavra caprichada, dessas que desanimam a gente.  Sentir falta é uma coisa que faz cosquinha, sentir saudade é coisa que arranca pedaço. A falta é quando você não vê uma pessoa alguns dias e sente falta dela de algma forma, saudade é quando você está longe a muito tempo e a falta já deixou de incomodar, o que incomoda é a presença da ausência. Sentir falta é até gostoso, principalmente quando a gente sabe que o reencontro está por vir. Sentir saudade é algo que arranha, que engole... Saudade é querer se teletransportar a qualquer custo, é deixar de estar presente onde deveria estar, é encher o olho de lágrima sentado num banco de ônibus só de lembrar como seria bom voltar. É saber que você não pode fazer nada, absolutamente nada pra tirar ela de você.

Saudade justamente por ser mais caprichada, tem seus níveis. Existe a saudade de 1 mês, que é aquela saudade nervosa que grita, tem o nível 6 meses, que é a saudade que dói mas já não grita tanto. Tem a saudade de um ano, que aperta. A de dois anos sufoca. A de três que se cala, na de 4 eu já não sei explicar... 

Existem também vários tipos...Tem a saudade de algo que não vai voltar, que pra mim  é mais leve, já  essa saudade é aceita aos poucos. Como é o caso da saudade de parentes mortos, de amores acabados, de amizades que se foram, a saudade de tudo aquilo que você se conformou que perdeu pra sempre.  Mas tem a saudade de estar longe, que é tão má que quando cisma de bater coloca qualquer um doente. 

Bem, consegui passar por algumas dessas saudades. E ultimamente tenho vivido delas... Elas tem me apertado tanto, tem me molhado os olhos constantemente. Eu sinto falta da cama, da comida, das pessoas. Mas a saudade é aquela fincadinha que dá, e saber que saudade não mata  e nem morre me desespera. Não queria ter que conviver com ela :(

Passa bem rapidinho, tempinho, vai...