Ai, o que será de nós?
Estou caindo , disse aquela fina voz.
Estou caindo !
E agora, o que será de nós? Levanta-te voz, levanta-te...
Ela me respondeu calada : -Não consigo...
Então nos seguramos uma na outra, estavámos no ar...
E tudo virou tão pouca coisa, que mal cabiamos em qualquer lugar.
Alma, acalme-se !
De desespero não se levanta, amor.
Ela sorriu de lágrimas, e eu solucei de sorrisos .
E disse:
-Te vi jogada na cama, incrédula e sem dor...
-E eu te vi em cima de mim, em gargalhadas doloridas.
E tudo se acalmou, e se desesperou naquela hora.
E o que será de nós ?
Vai me segurar ou não, querida?
Respondi sangrando : -Eu não consigo ...
Ai, o que será de nós ?
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